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desenho de eva

Excerto de comentário a artigo do Diário Económico
em 15-2-2007 com o título "Bruxelas pede ajuda…"

Se, até aqui, as previsões apontavam para o enraizamento da preponderância do factor economia como lógica de desenvolvimento civilizacional, a inflexão ambiental incontornável, a que agora estamos globalmente sujeitos, vem baralhar as regras do jogo. O desafio é global e muito mais vasto do que o "efeito de estufa" que é, só por si, avassalador. As respostas tenderão a continuar lentas ou demasiado lentas apesar das evidências terem acelerado a sua urgência. A oposição à mudança esgrimirá argumentos a partir dos pontos-chave do "status quo" em que se encontra.
A resposta não poderá ser apenas económica, tecnológica, industrial ou, sequer, científica. Se há que alterar as fontes de energia globais, técnicas de produção, modos de locomoção, etc. também há que alterar mentalidades, hábitos, valores, prioridades, legitimidades, forças, energias.
A Natureza impõe-se como, ouso dizê-lo, "A religião", seja do ponto de vista individual seja do ponto de vista global. As implicações da lenta mas progressiva tomada de consciência desta evidência não cabem neste comentário…