E agora apresentamos... ISABEL MONTELLANO!










Sou extrovertida, gosto de falar e de falar de mim.
Quando tinha os meus dez, onze anos, queria ser escritora. E, de facto, muito escrevinhei em cadernos, em folhas soltas, em bilhetinhos.



















Depois, comecei a cantar no Coro de Santo Amaro de Oeiras. Era contralto e, à força de puxar pela voz, fiquei com nódulos nas cordas vocais.











Mais lá para o fim da adolescência, o Xico Zé disse-me: "Porque é que não vais para o teatro?"
















Foi como se uma janela muito grande se abrisse à frente dos meus olhos.















Inscrevi-me no Conservatório, onde um curso novo de Formação de Actores (uma "experiência pedagógica" dirigida pelo Mário Barradas) estava nos primórdios. Quase a acabar o terceiro e último ano, pimba, o 25 de Abril. Final do ano na mais total confusão.









Ainda cheguei a ir para o Alentejo com o João Lagarto, entre outros meus colegas, a convite do mesmo Mário Barradas, que ia fundar o Centro Cultural de Évora. Mas só lá fiquei quatro ou cinco dias. Por razões que não vêm agora ao caso, cortei-me de assinar o contrato e voltei para Oeiras.
(Continua...)